sexta-feira, 17 de julho de 2009

Manejo dos Pintinhos

Manejo dos pintinhos

Equipe de Avicultura/FZEA-USP

Objetivos: estabelecer um lote saudável desde o 1º dia de vida, no qual o crescimento alcance o alvo de peso corporal padrão, juntamente com o alvo de uniformidade, de tal forma que o bem-estar possa ser mantido durante o processo.
Qualidade dos pintos: A qualidade do produto final depende de todos os processos de produção, por exemplo, saúde e manejo, incubação, entrega eficiente de pintos, sendo os mesmos de boa qualidade e uniformidade. A qualidade dos pintos é influenciado por todos estes estágios.
Deve-se estar atento ao ambiente onde os pintos são mantidos e transportados, sem se descuidar da higiene, minimizando contaminações cruzadas e infecções do saco vitelínico.
Condições ótimas de preparo e transporte dos pintos
24ºC de temperatura ambiente; 75% de umidade relativa (UR)Tabela 1: sumário de condições ótimas de preparo e transporte dos pintos.
Preparação para o recebimento dos pintos: Vários fatores podem afetar negativamente o crescimento bem sucedido dos pintos, entre eles a criação de machos e fêmas separados, a idade para o descarte, a idade dos lotes de origem, técnicas de manejo, como por exemplo iluminação.
Os galpões devem abrigar aves em idade única no mesmo núcleo, sendo que abrigar pintos de idades distintas torna menos eficazes e difíceis os programas de vacinação e limpeza.
Galpões, arredores e todos os equipamentos devem estar limpos e desinfetados antes da chegada dos pintos.
A cama deve ser distribuída com homogeneidade, e com uma profundidade de 5-8 cm e posteriormente deve ser compactada. A distribuição irregular da cama causará problemas na distribuição de ração e água, que acarretará numa desuniformidade do produto final.
Os áviários devem estar pré-aquecidos, sendo que a temperatura e a úmidade relativa devem ser ajustados, ao menos, 24 horas antes da chegada dos pintos, sendo que estes fatores devem ser constantemente monitorados para garantir condições ótimas de desenvolvimento dos pintos.
Os pintos exigem ar de ótima qualidade, sendo que os sistemas de controle ambiental devem ser capazes de propiciar tais condições, tomando-se todo o cuidado para que não haja corentes de ar. Gases podem causar doenças pulmonares e cardíacas, por isso deve-se garantir que os mesmos são eficientemente removidos.
Fornecer água limpa, dentro da temperatura adequada, sendo que todos os pintinhos devem ter acesso à água e à ração logo depois de acondicionados no aviário.
Fornecer ração fresca, triturada ou farelada e livre de pó, no início, disponível em rações de plástico ou papel corrugado. A área de alimentação deve ocupar 25% dos círculos de proteção, sendo que os comedouros e bebedouros não devem estar dispostos logo abaixo das campânulas.
Tentar alojar os pintinhos provenientes de um mesmo lote de matrizes separadamente no mesmo aviário, quando isso for impraticável, e os pintinhos tiverem que ser misturados, deve-se fazer isso após o 5º dia de vida. Esse manejo tem por objetivo reduzir a competição e manter a uniformidade.
Alojamento dos pintos: Antes dos pintinhos serem alojados, deve-se verificar a disponibilidade de água e ração, sendo que os mesmos, após chegarem devem ser descarregados o mais rápido o possível, pois quanto maior o tempo de permanência nas caixas, maior será a desidratação. Essa desidratação poderá causar taxas de mortalidade elevadas e reduzir o potencial de crescimento inicial.
As caixas, em hipótese alguma, devem ser empilhadas na área dos círculos, pois poderá causar um superaquecimento acelerado além de causar asfixia nas aves.
Os pintinhos devem ser retirados das caixas rapidamente, porém com cuidado, e homogeneamente removidos para a área dos círculos. Uma parcela dos pintinhos deve ser pesada, a fim de que se obtenham dados a respeito do peso médio e uniformidade do lote. As caixas vazias devem ser rapidamente retiradas do aviário.
Deve haver um tempo de adaptação para os pintinhos que varia de 1-2 horas, certificando-se que nessa fase de adaptação eles tenham acesso fácil à ração e à água, lembrando-se de fazer todos os ajustes necessários nos equipamentos, principalmente a temperatura, para que as condições sejam ótimas.
A partir dos 2-3 dias, comedouros e bebedouros existentes devem ser reposicionados, e ajustados com a introdução de outros adicionais, bem como aumentada toda a área de iluminação.
Manejo de círculos: Existem dois sistemas básicos para aquecimento na criação de frangos:
* Campânulas;
* Aquecimento do galpão inteiro.
Campânulas: Nesse sistema é fornecido um gradiente de temperatura.
O calor provém de campânulas convencionais, sendo que as aves devem ser restritas aos círculos, que estão iluminados, sendo que o restante do aviário deve permanecer no escuro ou na penumbra.

O comportamento dos pintos é um indicativo satisfatório e adequado da campânula. Os pintos devem estar homogeneamente espalhados dentro do círculo de proteção.
Aquecimento do galpão inteiro: nesse sistema não é fornecido um gradiente de temperatura, sendo que se pode fazer uso de campânulas nesse sistema. O aviário pode ser aquecido por meio de sistema direto ou indireto. Geralmente o sistema direto utiliza gás ou óleo para empurrar ar quente dentro do aviário por um ou mais pontos. As temperaturas recomendadas se encontram na tabela 2.
Os pintos devem estar homogeneamente distribuídos dentro do círculo de proteção, sendo que se pode fazer uso de ventiladores internos para melhorar a qualidade do ar, a temperatura e a umidade relativa. O monitoramento e controle da temperatura ambiental e umidade relativa são de suma importância quando se faz uso do sistema de aquecimento do galpão inteiro.
Círculos ou barreiras poderão ser usados para ajudar no movimento inicial dos pintinhos. Esta área de círculos deverá ser gradualmente ampliada a partir dos 3 dias de idade e finalmente removida de 5 a 7 dias, de maneira que os pintos tenham livre acesso a todos os bebedouros e comedouros do aviário.
Manejo geral: A temperatura deve ser medida ao nível dos pintinhos. A qualidade do ar é muito importante durante o período de cria. O objetivo da ventilação durante este período é a manutenção da temperatura em níveis corretos e também permitir suficiente movimentação do ar para evitar qualquer aumento potencialmente prejudicial de dióxido de carbono, monóxido de carbono ou amônia. O uso de ventiladores ou sistema de circulação interna auxiliará na otimização da qualidade do ar ao nível dos pintinhos.
A umidade relativa deve permanecer em torno de 50-70%, condição apropriada para manter uma boa qualidade de cama sem que se torne muito seca ou empoeirada. Durante os 10 primeiros dias de cria, a umidade relativa deve permanecer em torno de 65-70%, o que ajudará a prevenir a desidratação das mucosas dos pintos, bm como reduzir os riscos de doenças cardíaca e pulmonar no futuro.
Durante a recria, temperaturas <20ºc>20 lux) é necessária no período inicial de cria para assegurar que os pintinhos encontrem a ração e os bebedouros.
A fonte de luz pode ser de lâmpadas incandescentes ou fluorescentes, sendo que pesquisas indicam que não há diferença significativa entre as duas fontes de luz. Lâmpadas fluorescentes são mais econômicas após os custos de instalação terem sido cobertos.
Bibliografia: AGROCERES, Manejo dos pintos, In: Manual de manejo de frango de corte AGROSS, Rio Claro - SP, p. 9-13, 1997.

Com nova tecnologia, o boi agora engole o chip

Com nova tecnologia, o boi agora engole o chip
São Paulo, SP, 17 de Julho - A tecnologia para rastrear o gado bovino que os pecuaristas brasileiros começam a ter acesso já é usada há cerca de cinco anos por produtores europeus. O chip que armazena as informações de cada animal - e fica no estômago do boi - teve seu uso intensificado a partir de 2004, com a preocupação gerada pela doença da "vaca louca" na Europa, explica Luis Henrique Amadeu, gerente de operações de cerâmica avançada do grupo francês Saint-Gobain, que acaba de lançar essa tecnologia de rastreamento no país.Usando um chip para rastreamento, desenvolvido pela Texas Instruments, a francesa criou e patenteou um "tag" (etiqueta em português) de cerâmica, que pode ser engolido pelo boi. Segundo Amadeu, o chip ou transporder com o número de identidade do animal é envolvido por uma cápsula de cerâmica biocompatível. O material permite que seja introduzido no rúmen (parte do estômago) do animal. "O boi engole e a cápsula se aloja na segunda câmara ruminal e não é expelido até o abate", explica Amadeu.Ele acrescenta que a identificação de cada bovino é feita por radiofreqüência. Assim, o pecuarista que adquire a tecnologia tem também de comprar uma leitora para registrar os dados do chip e uma antena - que lê as informações na frequência do chip - e uma leitora para registrar os dados do "tag".Segundo Amadeu, a tecnologia facilita o manejo de rebanhos bovinos numerosos e a identificação eletrônica permite associar ao animal seus históricos de sanidade, de movimentação, manejos. Além disso, o sistema de identificação pode ser integrado ao Sisbov (sistema de rastreabilidade oficial). Hoje, a maior parte dos animais registrados no sistema são identificados por meio de brincos.Além da Safe Trace, a tecnologia também está sendo testada por pecuaristas do Mato Grosso do Sul. De acordo com Amadeu, cada chip custa R$ 10, e a leitora e antena saem por R$ 6.8 mil. fonte avisite

Controle da produção – do frango, mas também do ovo – deve ser mantido

Campinas, Junho de 2009 - A palavra de ordem dada na edição anterior, nesta mesma seção, está mantida: a contenção (de produção) precisa continuar. E não apenas na avicultura de corte, mas também no setor de postura. Consideradas as condições presentes (no fechamento desta edição, os preços de frangos e ovos apresentavam forte reação), um chamado desse tipo soa um tanto quanto impróprio, pois são claras as indicações de retomada das condições de mercado observadas no período pré-crise econômica, há menos de um ano. Mas não é bem assim. Veja-se, primeiro, o caso do ovo: embora o alojamento de poedeiras esteja controlado há mais de dois anos e a produção atual seja menor que a do ano passado, obteve resultados apenas regulares no período de Quaresma. Além disso, em maio apresentou os piores resultados do mês justamente naquele que é considerado o segundo melhor período de vendas do ano – o Dia das Mães. Por quê?Simplesmente porque os produtores, ao centrarem suas esperanças de ganhos melhores exatamente nesses dois períodos, Quaresma e Dia das Mães, passaram a reter poedeiras, gerando com isso maior oferta do produto. Que embora não tenham resultado em forte depressão de preços, impediram que se alcançassem os níveis ansiados. Lição que fica: para ganhar mais é preciso produzir menos. Senão, manter a produção sob estrito controle. O que aconteceu com o frango aponta nessa mesma direção, sem tirar nem por. Pois somente depois que se esgotaram os estoques acumulados e as exportações se elevaram (em abril registrou-se um dos melhores resultados de todos os tempos, o quegerou baixa disponibilidade interna do produto) é que os preços começaram a apresentar reação.A reação observada nessas situações, todos sabem, é quase natural: produzir mais porque os preços estão melhores. E aí é que está o grande equívoco (que, a bem da verdade, não se restringe à avicultura, é de todos os setores da economia), pois os preços só melhoram quando se produz menos.Porém, a recomendação de que se continue produzido menos (ou de que se mantenha a produção sob o mesmo controle anterior) não leva em consideração apenas a obtenção de melhores preços, mas, principalmente, a constatação de que o cenário de recuperação ora registrado ainda não é fato consolidado. Para conseguir sobreviver até aqui (o que não vem sendo nada fácil), o produtor avícola desenvolveu esforços que não podem ser colocados em risco por ações precipitadas. O ideal, por ora, é caminhar com moderação. fonte avisite

Frango vivo (SP) abre quinzena com baixa, a primeira em meses



Frango vivo (SP) abre quinzena com baixa, a primeira em meses
Campinas, 17 de Julho - Às vésperas de completar 40 dias de estabilidade, o frango vivo sofreu sua primeira baixa em quase três meses: ontem, o produto comercializado no interior paulista perdeu cinco centavos de seu preço e foi comercializado por R$1,85/kg, mesmo valor que prevaleceu por breves três dias no princípio de junho. A situação repetiu-se em Minas Gerais, onde ocorreu a terceira baixa de cinco centavos da semana e onde o produto está cotado, agora, em R$1,95/kg.A última baixa enfrentada em São Paulo pelo frango neste ano ocorreu no final de abril, quando, após perda também de cinco centavos, o produto passou a ser comercializado por R$1,50/kg. Mas já na primeira quinzena de maio o mercado firmou-se e em menos de 60 dias obtinha valorização superior a 25%.Embora tenha acompanhado (sem tirar nem por) a curva normal de sazonalidade das carnes, essa valorização – todos no setor sabem – não foi obtida de forma natural, como em anos anteriores: antes, foi preciso desenvolver um grande esforço para que a oferta se adequasse idealmente à nova demanda (interna e externa), reconhecidamente recessiva.Porém, mesmo a forte redução efetuada continuou insuficiente para dar estabilidade ao setor. Foi preciso, também, que as exportações voltassem a patamares próximos do período pré-crise, propiciando mais rápido ajustamento da oferta interna.Como, até aqui, não há indícios de que as exportações estejam sofrendo recuo, só se pode concluir que essa desvalorização (prematura, pois normalmente os recuos ocorrem a partir de setembro) decorre de novo rompimento do equilíbrio na oferta/demanda interna.Aparentemente, o setor animou-se demasiadamente com a recuperação observada a partir de maio e acabou indo com muita sede ao pote. fonte (AviSite)